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Esgotamento sanitário

 

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Diretriz 1

Priorizar a indicação de sistemas de esgotamento sanitário de maior aceitabilidade e de fácil manejo pela população local.

Estratégias:

1.1 – Dar preferência às tecnologias já utilizadas e, quando necessário, promover a adequação ou melhoria dos sistemas de esgotamento existentes ou indicar aqueles que demandem menor mudança nos hábitos da população a ser atendida, desde que garantam sua salubridade, privacidade, conforto, segurança e dignidade.

1.2 – Garantir que as soluções sejam adequadas e adaptadas às necessidades das mulheres, objetivando sua aceitação e garantindo a autonomia da mulher.

1.3 – Garantir que as soluções sejam apropriadas às diversidades sociais, culturais, étnicas e regionais.

1.4 – Garantir que as soluções sejam adequadas às diferentes faixas etárias da população envolvida, reconhecendo suas demandas, bem como suas capacidades diferenciadas.


Diretriz 2

Garantir e fomentar a participação da população nas etapas de concepção, implantação, operação e manutenção da solução sanitária.

Estratégias:

2.1 – Apresentar e discutir com a população envolvida alternativas viáveis de técnicas de esgotamento sanitário adequadas às condições locais.

2.2 – Estimular a adoção de tecnologias sociais e sustentáveis que promovam a preservação e a recuperação de nutrientes e de formas de energia.

2.3 – Garantir e estimular a participação da população envolvida na construção da solução sanitária e, preferencialmente, incentivar a contratação de mão de obra local.

2.4 – Garantir à população envolvida informações quanto ao funcionamento, manejo e utilização das soluções sanitárias e eventuais necessidades de demanda para sua preservação e manutenção.


Diretriz 3

Incentivar que a solução tecnológica escolhida pela comunidade seja financeiramente acessível.

Estratégias:

3.1. Estimular o uso de tecnologias sociais e sustentáveis de esgotamento sanitário.

3.2. Verificar as condições atuais da solução adotada e, sempre que necessário, promover a melhoria das instalações intradomiciliares.

3.3. Criar mecanismos para subsídios e financiamentos para as soluções sanitárias propostas.


Diretriz 4

Garantir que a população tenha banheiro no domicílio, com vistas a propiciar maior conforto da família.

Estratégias:

4.1 – Implantar, preferencialmente, ao menos um banheiro dotado de privada/vaso sanitário e lavatório em cada domicílio, respeitando questões culturais, com disposição final dos dejetos adequada.

4.2 – Assegurar a construção das estruturas sanitárias com materiais apropriados e com a qualidade técnica necessária, garantindo o adequado funcionamento e salubridade da solução, bem como o conforto e segurança do usuário.

4.3 – Criar mecanismos para subsídios e financiamentos para as soluções sanitárias propostas.


Diretriz 5

Prever a acessibilidade física às instalações sanitárias.

Estratégias:

5.1 – Quando necessário, assegurar que banheiros e privadas estejam disponíveis com facilidade de acesso e segurança (evitando riscos de acidente e de violência), dentro ou nas imediações das residências, e que sejam adaptados a serem utilizados por pessoas com necessidades especiais de acesso, como deficientes físicos, idosos ou crianças.


Diretriz 6

Garantir a correta coleta, transporte, uso e/ou disposição de águas residuárias.

Estratégias:

6.1 – Estimular e incentivar a separação de águas cinzas.

6.2 – Incluir caixas de gordura nas instalações domiciliares.

6.3 – Disseminar resultados de práticas bem sucedidas e de pesquisas sobre tipos de tratamentos de águas residuárias cujos efluentes possam ser aproveitados para diferentes fins.

6.4 – Estimular o uso de águas cinzas, após tratamento, em atividades agroecológicas e agroflorestais, dentre outras, como na agricultura familiar.


Diretriz 7

Garantir a correta coleta, transporte e disposição de dejetos e águas residuárias de origem animal.

Estratégias:

7.1 – Incentivar o reaproveitamento dos dejetos de animais, sempre com segurança.


Diretriz 8

Fomentar e disseminar práticas bem sucedidas e pesquisa aplicada de tecnologias sociais de manejo de esgoto doméstico.

Estratégias

8.1 Considerar a aplicabilidade nos territórios de protótipos de tecnologias sociais, tais como tanques de evapotranspiração, banheiro seco, fossas de fermentação, zonas de raízes, técnicas agroecológicas, compostagem e descontaminação de fezes de animais, dentre outras tecnologias que já estão sendo implementadas.

8.2 – Avaliar o desempenho das tecnologias sociais implantadas, considerando os fatores de risco sanitário, tecnológico e ambiental.

8.3 – Desenvolver e disponibilizar um banco de experiências, que contenha informações sobre tecnologias de manejo de esgoto doméstico, com o objetivo de subsidiar estudos de alternativas tecnológicas.

11 Comentários
  • Dennis Aquino
    Publicado em 10:01h, 04 outubro

    Bom dia a todos,

    A minha observação com relação aos projetos sanitários ou melhor, aos MSD (Melhorias Sanitárias Domiciliares) é sobre os materiais aplicados na construção dos mesmos que são de uma qualidade baixa. Já que o recurso que é disponibilizado por unidade de MSD, é baixo para aquisição de materiais de melhor qualidade. Então recomendo rever esse recurso por unidade. Obrigado.

    • Elísio Félix Ponciano
      Publicado em 16:49h, 22 outubro

      Caro Dennis,

      Eu já acho é o custo das melhorias sanitárias domiciliares muito alto.
      Num município do Piauí, Curralinhos, o módulo sanitário saiu acima de R$ 10.000,00. Uma liderança de lá disse que com esse valor levantaria a casa completa. A liderança pode ter exagerado, mas mostra que ela percebe que o custo é elevado, principalmente comparando com as moradias utilizadas de pau a pique ou taipa.

  • Alisson
    Publicado em 21:57h, 10 outubro

    Estimular o reuso de água, após tratamento, em atividades sustentáveis e paisagísticas, agroecológicas e agroflorestais, dentre outras, como na agricultura familiar, considerando os aspectos técnicos e ambientais.Reference

  • Eduardo Leite Soares
    Publicado em 07:29h, 21 outubro

    bom dia!Por ter nascido e viver numa região que tem uma distribuição de chuvas muito irregular, sugiro o uso do banheiro seco. É claro que este sistema resolve somente o problema das águas negras. Nas regiões com volumes de chuvas muito baixos, na minha opinião é o sistema indicado, não utiliza água e o resíduo pode ser aproveitado na propriedade inclusive na horta sem problemas. Já trabalhei em um instituto que possui banheiro e conheço como funciona e tive a oportunidade de observar os resultados. É o destino correto das fezes e urina.

  • Eduardo Leite Soares
    Publicado em 09:01h, 21 outubro

    Bem pessoal! Retorno aos meus comentários. Tive que parar devido a grande incidência de raios aqui em Bagé – RS, no momento da escrita. Com relação ao esgotamento sanitário, comentei sobre o banheiro seco. Para águas cinzas minha sugestão é o tratamento por zonas de raízes, Tecnologia barata e de fácil instalação e suas águas serão reutilizadas na propriedade. Durante vários anos trabalhei dimensionando redes de abastecimento de água em assentamentos da reforma agrária, comunidades rurais e quilombolas e na minha opinião um projeto de abastecimento de água só estará completo se acompanhar um projeto de esgotamento sanitário. Não é justo entregar água com qualidade para consumo humano e esta mesma água ser devolvida sem as mínimas condições à natureza e na maioria das vezes a céu aberto. E não por culpa dos beneficiários que por falta de conhecimento e apoio do poder público fazem da forma que acham correta. Os projetos deveriam contemplar fornecimento de água e esgotamento sanitário juntos.
    *No comentário anterior falei sobre banheiro seco. Estes banheiros podem ser usados em qualquer região independente de água disponível ou não.

  • Elísio Félix Ponciano
    Publicado em 16:34h, 22 outubro

    Especialmente para idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais.Reference

  • Elísio Félix Ponciano
    Publicado em 16:40h, 22 outubro

    4.4 Garantir a possibilidade de repasse de recursos diretamente para associações e/ou cooperativas de usuários dos sistemas de saneamento a fim de baratear o custo de implantação das soluções.Reference

  • André Peixoto San Martin
    Publicado em 11:45h, 23 outubro

    Utilizar o bambu nas tecnologias de zona de raízes e tanque de evapotranspiração por ter valor comercial e excelente desempenho na remoção de nutrientes e sequestro de carbono.

  • Divisão de Engenharia de Saúde Pública - DIESP/SUEST MG/Funasa.
    Publicado em 15:49h, 24 outubro

    Incluir a participação multiprofissional, como arquitetos, decoradores, engenharia de materiais, nas definições de projeto para a construção de melhorias sanitárias domiciliares.Reference

  • Marcelo Libanio Coutinho
    Publicado em 16:33h, 24 outubro

    Estipular aos bancos privados destinar cota parte de recursos em depositos suas agências, ao financiamento da construção de melhorias sanitárias domiciliares a juros equivalentes aos da cardeneta de poupança.Reference

  • Lauro Fráguas
    Publicado em 16:37h, 24 outubro

    Sugiro acrescentar o chuveiro como requisito mínimo nos banheiros que serão implantados.Reference